quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CSI: Crime Scene Investigation

Seu nome era Maria. Ela era uma pessoa incrivelmente chata. Seus vizinhos não a suportavam. Não só seus vizinhos, toda a sua família. Ou o que restava de sua família - os que ainda tinham coragem de assumir. E também todas as pessoas que chegaram a conhecê-la. Até mesmo os policiais das redondezas conheciam essa peste. Todos odiavam aquela coisa. E esta história começa no dia em que ela morreu.
Os vizinhos estavam espantados, mas nem tanto. Era um alívio, até. Finalmente aquela rabugenta ia deixá-los em paz. Mas era inevitável pensar: Como isso aconteceu?
Não havia testemunhas. Os vizinhos não ouviram um ruído sequer. Seu corpo estava estendido no chão. Ela estava algemada com sete facas enfiadas em suas costas, três tiros na cabeça e seus pés decepados.
Os investigadores encontraram várias impressões digitais nas facas, na arma - que foi escondida dentro do cofre junto com um de seus olhos -, nas gavetas e maçanetas. E uma mensagem na parede, escrita com o sangue do cadáver. Com certeza seria uma difícil tarefa. Longas horas de trabalho pesado. Examinar as pistas, pesquisar o banco de dados e ir atrás dos criminosos.
Sem pensar duas vezes, o detetive-chefe disse, frio:
- Foi suicídio. Vamos embora.

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